O que aprendemos e partilhamos:
Gil Penha-Lopes, investigador, (Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Lisboa) falou-nos sobre o desafio que foi colocado a nível planetário – pensar as nossas práticas e o seu impacto no ambiente. Mas tão importante quanto o estar conscientes desse desafio foi a sua concretização, nomeadamente sobre como iniciativas de trabalho alternativas – Práticas / Projectos Regenerativos, [alinhar o desenvolvimento com a inteligência dos sistemas vivos] podem fazer a diferença. Exemplos inspiradores são:
Rede Convergir: mapeamento de iniciativas
sustentáveis - http://redeconvergir.net/
Ecovilas e Biovilas;
Permacultura [ sistema
de princípios agrícola e social de design centrado em simular ou utilizar directamente
os padrões e características observados em ecossistemas naturais];
Cohousing [habitação
colaborativa].
Sandra Dias (Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa), com uma tese de mestrado pioneira na investigação de práticas de sustentabilidade ambiental no seio das bibliotecas públicas em Portugal, um tema ainda praticamente ausente nesta área, apresentou-nos uma linha de pensamento que vai ao encontro aos objectivos para o Desenvolvimento Sustentável traçados pela Organização Mundial das Nações Unidas e pela proposta da IFLA – International Federation Libraries Association, para a inclusão das bibliotecas e da informação na Agenda 2030. O levantamento de bibliotecas verdes em todo o mundo demonstra um número em crescendo, que aplica critérios de sustentabilidade ambiental na sua acção estratégica e de gestão.
Foi aliás esta a questão – como é que as
bibliotecas escolares do concelho de Palmela denotam
preocupação, interesse e vontade em estruturar serviços sustentáveis, que foi
trabalhada ao longo do ano lectivo 2017/18, e cujos resultados foram
apresentados no painel Bibliotecas e Sustentabilidade.
Refira-se que esta questão
foi abordada quer do ponto de vista estrutural e de gestão, quer do ponto de
vista da análise das práticas de trabalho biblioteconómico.
Concluindo-se que embora ainda
exista muito trabalho a realizar, existem serviços que utilizam critérios de
sustentabilidade ambiental aplicados à gestão e divulgação da sua biblioteca.
Aliás do estudo realizado
e apresentado, resultaram guiões, nos quais se dá relevo e propõe-se a
continuidade e disseminação das práticas identificadas como positivas e
propõem-se alternativas a práticas que podem ser objecto de melhoria.
Teve-se, igualmente a
oportunidade, de ouvir pela voz de representantes das bibliotecas escolares e da
Autarquia – áreas da educação e do ambiente, como no seu quotidiano, estão
presentes e contribuem para a causa da sustentabilidade ambiental.
Concluindo-se existir uma acção concertada na Autarquia e entre diferentes
serviços.
Um dos recursos das
bibliotecas escolares, são os livros. Os livros enquanto matéria física e os
livros na sua dimensão imaterial – o desenvolvimento, a formação, as
competências e habilidades, o prazer e o lazer. Os seus autores – escritores e
ilustradores, foram os intervenientes de um painel, mostrando como também eles
são fundamentais neste processo – imprescindíveis na transmissão da mensagem ou
para a compreensão da mensagem da sustentabilidade.
Por se tratar do primeiro encontro deste
grupo, foi igualmente dada a conhecer a sua história, focando momentos que
marcaram o seu rumo e destacando as áreas de trabalho que tem vindo a
consolidar ao longo da sua existência.
Como o trabalho de um grupo é o resultado
de uma dinâmica que se estabelece entre pessoas, são estas o elemento mais
importante a considerar em qualquer equação, no final prestou-se homenagem a
todos os intervenientes no Grupo das Bibliotecas Escolares do Concelho de
Palmela.
O dia 23, foi dedicado à realização dos
Workshops.
Com esta vertente prática pretendeu-se
mostrar, de cinco formas diferentes, como podemos promover em todos nós
mudanças de atitudes e práticas em prol da sustentabilidade.
Workshops:
Maletas
da Sustentabilidade
Desperdício
Zero! Vai tudo para o Pop-Up!
No uso de materiais que habitualmente
deitamos para o lixo.
Os
lugares que Habitamos
Alinhando o nosso “ser” biológico, o nosso
corpo, com o mundo que nos rodeia.
Livros
em Miniatura
Tendo a arte e a história como pilares para
o desenvolvimento sustentável.
Pegada
Digital uma Problemática do Nosso Tempo
O encontro foi enriquecido com uma
exposição de trabalhos das bibliotecas escolares, no âmbito da reutilização de
materiais e da exposição Livros em Miniatura.